Uma mulher ficou
revoltada com a filha ao descobrir que ela estava visitando o marido no
presídio, na capital baiana. O motivo de tanta mágoa é que o homem foi
condenado a 26 anos de prisão após agredir e estuprar as filhas gêmeas
do casal. Uma das meninas não resistiu aos ferimentos e morreu. Dona
Marise encontrou uma carteira de identificação de visitante emitida pela
Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização em nome da
filha, Eliene Santana da Silva. A mulher disse que a filha a enganou,
rasgou a carteira e disse que não ia mais visitá-lo. Mas, pelas costas,
fez outra identificação e continua encontrando com o marido no presídio.
A mãe está indignada com o fato de a filha ter perdoado o marido. — Ela
está esperando o quê? Fazer com a outra também? Com a mais velha e a
outra que sobrou vim terminar de fazer o resto? Ela é mais descarada do
que ele, porque ele tá preso e ela tá indo visitar ele. Marise afirmou
que prefere ver a filha morta, mas não quer vê-la na porta da cadeia
visitando o homem que matou a criança. — Ela não é mãe, se fosse mãe,
ela não ia visitar o homem que estuprou a própria filha, dele e dela, e
matou. E hoje em dia, ela está correndo atrás dele. Passou por cima da
família toda para poder ficar com ele. O caso ocorreu em 2012 na Ilha de
Itaparica, na região metropolitana de Salvador, quando as meninas
tinham dois anos. O homem levou as filhas para o hospital e disse que
elas tinham caído. Desconfiada, a médica acionou a polícia e descobriu a
violência. Na época, a mãe das crianças disse estar revoltada com o
marido. — Eu quero que ele pague, que ele não saia mais nunca da cadeia.
Ele é um monstro, minhas filhas inocentes. Eu pari, eu gerei. A criança
que sobreviveu ficou em estado grave e tem uma cicatriz na testa devido
a queimaduras provocadas pelo pai. A mãe das crianças foi procurada,
mas não quis falar sobre o assunto. (R7)
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