domingo, outubro 27

Mirabela ganha fôlego até o final de 2014; Votorantim garante cumprir contrato

A Votorantim havia anunciado que romperia o contrato em novembro deste ano.
A Votorantim continuará comprando níquel da mineradora Mirabela, recuando de anúncio feito no final de setembro quando afirmou que interromperia em novembro contrato firmado em 2008 e que iria até o fim de 2014, informa matéria da revista Exame. Apesar de seguir comprando o material, a decisão de fechar a partir do próximo mês a unidade de Fortaleza de Minas (MG), que produz mate de níquel para exportação, está mantida, informou o grupo brasileiro. "Se a Mirabela tiver níquel para ser vendido, a Votorantim vai cumprir o contrato e avaliar o que fazer com o material comprado", informou a Votorantim, sem especificar qual o destino que será dado ao níquel comprado da mineradora. Representantes da Mirabela não puderam ser contatados de imediato para comentar o assunto. 
O anúncio de suspensão do contrato em 26 de setembro pressionou as ações da mineradora australiana e causou uma série de reduções nas recomendações de agências de classificação de risco sobre a dívida da empresa. Em julho de 2008, a Votorantim Metais fechou acordo com a Mirabela Mineração do Brasil para a compra de 50 por cento da produção da mineradora no país até 2014. A Mirabela informou na quarta-feira que não fez um pagamento de juros em 15 de outubro sobre dívida de cerca de 395 milhões de dólares. Também na quarta-feira, a mineradora divulgou que após conversas com a Votorantim o grupo brasileiro reviu sua decisão para continuar cumprindo o contrato até o final de 2014. A Mirabela tem uma linha de crédito de 50 milhões de dólares com o Bradesco que é garantida pelo acordo de venda de níquel à Votorantim, informou a mineradora.

A atual situação econômica da Mirabela Mineração têm deixando a comunidade de Ipiaú e região preocupada. Só este ano a desvalorização do minério foi de 22%. A comunidade regional teme a falência da empresa. “Realmente seria um prejuízo incalculável para a região”, disse um comerciante ipiauense do ramo de construção. A situação preocupa também o prefeito de Itagibá, município que é beneficiado com o CEFEM (Compensação Financeira sobre Produtos Minerais).

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